on domingo, 26 de fevereiro de 2012
Eu ando na rua, todo fim de tarde, como se não tivesse pressa. Pedalo devagar para desfrutar de todo o caminho que eu riscar. Deparo-me com meus reflexos nas esquinas. Essas pessoas estão preocupadas demais com o futuro, com as incertezas e as pressões dos seus reflexos que também aparecem em todas as esquinas. Elas vivem com medo, de tudo.
Que tolice dessas pessoas rascunharem o futuro. E rascunhar mais umas outras vezes até que ele chegue pra que elas rascunhem o futuro do futuro.
Que bobagem se preocupar nessa dimensão com as dúvidas. Não é mesmo inútil ter determinadas certezas?
As pressões dos outros são sempre inevitáveis porque até esperar que alguém não faça algo já é ESPERAR algo! Imagine então lutar contra o que os outros esperam de você? Eu sei, é difícil. Mas, acredite, a maior pressão é a dos seus reflexos, aqueles das esquinas. Você mesmo(a).
E a insegurança, na verdade, sabe que a crença a destrói e corrompe todos os planos. Mas ela faz questão que você não lembre disso.
Quer saber? Que tolice de vocês que andam, nessas esquinas, preocupados com essas suas vidas não vividas. Que tolice minha.

Então enquanto a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência.
on segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Eu sempre sei quando tu choras. Quando comigo, teu choro nunca passa despercebido. O problema é que nunca sei o que dizer. E o meu silêncio não diz uma palavra sequer, quanto mais mil... Porque sequer sabes que sei. Eu acho. Mas é como já te disse: sabemos que sabemos.
Odeio não saber o que fazer. Odeio ver a lágrima escorrendo no teu peito e só poder tentar segurar firme meu coração que fica na mão. Sempre.
E admiro que você possa sorrir pra mim, fingindo que nada aconteceu. Mas não queria que tudo parecesse insignificante. O choro não é aleatório.
Então torço pra que o vento corra, corra muito, pra que seque tuas lágrimas. Ou peço uma chuva que te faça feliz e misture tuas lágrimas com felicidade. Desejo que no rádio toque a melhor música que você esteja precisando. E que em casa, o cachorro faça cócegas no teu pé.
E enquanto isso, sorrio só pra te garantir que estou aqui.
À alguém que, dessa vez, talvez nem saiba quem.
on sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Hoje não quero muito...

Coloque-me no bolso e me deixe lá.

Carregue-me.

E não troque de roupa.

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